25/12/2008

Feliz Natal!

E eu parei bem no meio do "meu" Natal só para vir escrever aqui.

Vou dar um famoso "ctrl+c, ctrl+v" e publicar algo que me fez lembrar do meu cotidiando, dos meus pais (mais do meu pai, confesso) e dos meus adorados sobrinhos.

A crônica eu achei por acaso, ela é um tanto antiga (2002 é uma antiguidade mediante à danada da globalização), mas ainda assim o texto consegue ser atual. Incrível, não?!

Aí vai, sem título, nem nada, exatamente como eu a vi.

"O fato se deu na casa do neto de um amigo (céus, meus amigos já têm netos!). Garoto de cinco anos. Diz o jovem avô coruja (tem 50, antigamente avô tinha pra mais de setenta, não era, não?), bem, diz o avô que o menino, desde o primeiro natal, ainda no colo, ficava deslumbrado com a árvore que todo ano aparecia na sala. Com quatro e cinco já ajudava e colocar os badulaques todos.

Pois foi em janeiro do ano que está terminando que o Joaquim (nome do neto e não do avô) – mais precisamente no dia 6 – reclamou com aquela autoridade de cinco anos já completados:

- Mas vai desmanchar a árvore de novo? (e quase chorando) Porque que todo ano tem que desmanchar a árvore? Por que?

Era hora do café da manhã, todo mundo reunido. Pai, mãe, irmãos mais velhos: senhores de 10 e 14 anos. E todos se entreolharam.

- É uma tradição, meu filho.

- Tradição?, perguntou o Joaquim que não tinha a mínima idéia do que fosse uma tradição.

- Tradição.

Não sabia o que era aquela palavra esquisita, mas devia ser coisa muito séria, porque a tal da tradição obrigava todas as casas da rua, da cidade, a desarrumarem a árvore de natal no dia 6 de janeiro. Dias de Reis!, acrescentou a mãe.

Joaquim se calou mas aprendeu que rei e tradição deveriam ter alguma coisa em comum. De rei, ele só conhecia os reis magos. Ou magros, como ele dizia.

- Se é coisa de dia de rei, então os reis magros ficam no presépio.

O pai encarou:

- E posso saber porque?

E o garoto não pestanejou:

- Tradição!

E a árvore não foi desmontada. E o presépio está lá até hoje. Tá certo que foi incremento com umas motos, uma perna de Barbie, um Homem-Aranha e uma nota de um dólar que ninguém sabe de onde saiu. Fora um relógio de plástico cor-de-rosa

E a árvore de natal, no lugar das bolas vermelhas, amarelas “Iguais as do Guga”. E, lá em cima, no lugar da tradicional estrela-cometa, uma bandeira do Brasil escrito com a letra dele, em forma: R-O-N-A-D-O"

Feli Natal, meus chuchus!!
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22/12/2008

Eu quero

Eu quero
Quero você

Deslizando devagar, encharcando o que é seu
Em cima
Atrito
Uma tonelada com peso de ar
Cheiro, gosto, minha mão, sua veia. Tudo junto, misturado.

Arrepios, suspiros, gritos! Olhares fixos, ofegantes, banhados de sal, chuva e sol.

Calor, ardor, eu, você... Braços abertos, pernas, boca, poros.

Eu quero
Quero você

Embaixo, de lado, deitado, de pé. Diferença nenhuma faz.
Nenhum sentindo além dos cinco.

Cabelos nas mãos, suor percorrendo todo o resto.
Explosão de calor, delírio, unhas encravadas em lençóis e o mundo gira, rápido e devagar, como um samba em ritmo de valsa.

Olhares cruzados, amor passado.


E dois minutos depois...

Eu quero
Quero você


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04/12/2008

"3 Na Massa" na minha massa

Amigas conversam sobre tudo e esse tudo é, na maioria das vezes, pelo menos no nosso caso (refiro-me a Lu, minha “amiga gêmea”, e eu) a maravilhosa gastronomia deliciosamente engordativa que nos faz cometer loucuras, nossos pseudorelacionamentos amorosos e a trilha sonora dos mesmos.

Foi num dos nossos tantos encontros que Lu me apresentou a trilha sonora da sua mais recente paixão. O que aconteceu? Apaixonei-me perdidamente (pela trilha, que isso fique bem claro).

Eis aqui um pouco sobre a dita que não sai mais da minha cabeça:
3 Na Massa – Na Confraria das Sedutoras
"Formado pelos 'metidos a produtores' Rica Amabis (Instituto), Pupillo (Nação Zumbi) e Sucinto Silva (também da Nação Zumbi), o trio (daí três) conta com a cozinha (baixo e bateria) da supra citada banda de Recife e as hábeis mãos do garoto prodígio da capital paulista pilotando as gravações e incrementando as músicas com muito molho e recheios de dar água na boca. Por esta razão eles estão com a “mão na massa” como se diz nas ruas.Convidados e convidadas especiais (indispensáveis por sinal) dão força e forma necessárias e vitais para a realização da empreitada, revezando-se sem tirar de dentro e sem perder o fôlego. Preparem-se para chegar ao clímax de pura alegria e prazer. A sensualidade transborda pelas beiradas do disco mundo afora e enche os ouvidos de belas estórias entremeadas por músicas que podem soar ora picantes, saudosas, alegres, divertidas (quase que circenses) ou como devaneios eróticos em um parque de diversões. Às vezes lembra-me algo dos filmes de Fellini, como também podem ser a trilha sonora de uma das imaginativas estórias de Millo Manara ou quem sabe ainda uma nova releitura das coisas produzidas por Serge Gainsbourg nas décadas de sessenta e setenta, entretanto, com originalidade, brasilidade e estilo pra ninguém botar defeito."

[Ambiente nem tanto familiar – Rolando Fino – Trechos]


Gostou? Quer mais? Aqui tem! www.myspace.com/3namassa